10 de dezembro de 2008
17 de novembro de 2008
14 de novembro de 2008
26 de outubro de 2008
*achados e perdidos
talvez se eu tivesse pensado mais, mas minha insegurança era de menos e de ti só pensava amor. se eu tivesse corrido ao teu alcance e não à minha solidão, talvez estivéssemos juntos agora e eu não estaria escrevendo para mim, relembrando sempre nossos momentos.
talvez se tivéssemos vivido mais e chorado menos, eu não diria ao meu novo homem para trocar de assunto quando me diz: "não te largarei jamais" - um dia eu vou embora, todos sabem, e meu beijo de despedida deveria ser em ti.
chega um momento que me faltam as palavras, não sei se escrevo aqui ou se falo para ti.
talvez se eu tivesse dito mais e não ter largado da tua mão, eu não continuaria com essa sensação: inacabada.
hoje eu caminho olhando para o chão e o que me rodeia... não são mais as mesmas coisas, muito menos novas, talvez... simplesmente, não existam.
15 de outubro de 2008
22 de setembro de 2008
Era uma vez...
O desfecho? E assim viveram felizes para sempre...
31 de agosto de 2008
11 de agosto de 2008
arranjo novas dores
piercings, tatuagens...
para esquecer velhos amores.
Sento no meu jardim
acendo um cigarro
esqueço tudo em mim.
Só não esqueço de ti
minha melhor parte
que parece pau de enchente
qualquer obstáculo já prende.
Te deixei escoar
por dentre meus dedos
cansados de esperar
esse tempo que mede valores
do meu amor e do meu sonhar.
Sabe, ursinho, tu mesmo disseste
“ninguém sabe do futuro”
pois bem,
te digo que nem tu soubeste
esperar por esta velha encrenca
notar teu valor.
Sei que três é sempre demais
contigo era demais amor
demais paixão.
Ensinaste-me a não ter vergonha de ser
e contigo aprendi a crescer.
Hoje a lua me ilumina
e tudo que eu queria
era te ter na minha.
Com essa minha dureza
acabei somente com a magreza
do sono, da fome, da atenção.
Só sigo teus passos
e me digo “não”
“não pensa, não liga, não queira”
não esqueça,
não esqueço.
Pra mim não teve fim
peraí, não era pra ser assim?
Já é outro cigarro que se vai
e tu, das minhas linhas, não sai.
A distância é pouca
tua da minha boca.
Amor não tem tempo...
Não se mede por fita métrica.
Esse vento congela minhas mãos
mas não mais meu coração
que espera o teu para bater
e parou
desde o último entardecer.
4 de agosto de 2008
*
Transformo-me em um caderno de prosa e poesia e desafio alguém a ler. Desafio ou peço? Quem se canditaria - nem eu sei mais. Minha mão está suja de maquiagem borrada, negra, profundo desfarce. Batom vermelho, boca de sangue. Mordo os lábios, passará a dor?
1 de julho de 2008
“ Os opostos se distraem e os dispostos se atraem.”
Foi exatamente assim, eu estava parado no ponto de ônibus esperando, esperando – o que sempre fiz na vida – esperando. O vento era forte e a claridade ia e vinha apesar de quente e úmido. Observava os pés das pessoas enquanto sentado permanecia no banco com propaganda de pasta dental. Foi então que ela passou, seu perfume era de lírios, sua pele clara como porcelana e boca rosada como boneca. Cabelos morenos do mesmo tom de verde dos olhos – contraste perfeito. All Star nos pés e postura de moleca esperando (também) amadurecer e florescer. Tão mulher para jeito tão menina. Estilo de quem nasceu em silêncio, sem chorar, abriu os olhos e perguntou-se: “que mundo é esse?”. E assim foi passando e eu observando. Os cabelos se movimentando, seu cheiro desaparecendo e eu esperando o quê? Que ela me notasse? Cara pacato da cidade, do mundo, mais um. Por mais que agora ainda fosse apenas mais um, ali tinha visto algo, alguém que fizera meu coração seguir o ritmo dos seus passos e pararia ao não ouví-los mais. Não corri atrás dela para me apresentar. O que iria dizer? O que iria pensar de mim? Que não pensasse nada. Permaneci esperando. Esperando o ônibus, o sol voltar e ela se afastar para eu poder voltar a respirar. Os dias passaram e sempre a mesma coisa. Aquele cheiro não saía da minha da minha mente. Me enlouquecia. Tanto quanto o jeito irreverente que caminhava. Não me segurei, “oi” eu disse. Me olhou com olhos arregalados como eu nunca tinha imaginado, ou sonhado. “Oi” respondeu. Engraçado a rapidez de como aquelas bochechas ficaram rosadas de vergonha, um pouco mais que sua boca que ela umidecia com a língua. “Te vejo às vezes aqui, passando, queria saber se gostarias de tomar um café um dia desses...” Ai, uma onda de calor tomou meu corpo, seria vergonha? Ou finalmente uma sensação de coragem? “Achei que nunca ias me convidar”. A forma que sorriu iluminou o seu rosto. E me ensinou a nunca mais fazer o destino esperar.
16 de junho de 2008
Bilhetinho "resposta"
11 de junho de 2008
00:42
9 de junho de 2008
De volta a 2ª série
17 de maio de 2008
23 de abril de 2008
M
5 de abril de 2008
27 de março de 2008
Quem paga mais?
15 de março de 2008
E ri da vida.
10 de janeiro de 2008
Carta a um estranho
Olá Pequeno Príncipe, quanto tempo que não nos falamos, não é? Escrevo-te de nariz empinado e cabeça erguida para esclarecermos fatos. Tu e esta tua coroa de sucata que carregas na cabeça, muito orgulhoso vivendo em meio de tanta mediocridade. Carrega este cetro que decide situações inúteis e ordena corações. Teu caminho ao poder foi suado, nadando rios de críticas e noites cheias de verdade, dói não? E mesmo taxado de “merdinha” em frente ao espelho continuaste cumprindo suas meias promessas e enfeitiçando a mente de teus ouvintes. Mas, meu querido, de que adianta esquecer da maneira que conseguiste chegar ao trono? Cada degrau que, literalmente, te colocou pra cima e o jeito que o fez... Esclareço-te, como sempre, que a Rainha de Copas te tem em seu coração até ser posta para fazer par com o Rei de Espadas – ele a protege muito mais. E aí, meu pequeno, desabas do sétimo andar – de novo? Não utilizastes olhos de sapos, língua de boi ou pó mágico para fazer tuas poções e (me) encantar. Utilizaste do mau pior de uma mulher – o Romantismo. E disto, amorzinho, eu sinto falta. De como fazias meu mundo virar de cabeça pra baixo em um olhar – ás vezes nem necessário. Sendo romântico do jeito mais clichê e mais único existente. Fui tua, de corpo, alma e pensamento. Fui tua para receber teu toque mais suave em minha pele e foste meu para cravar minhas unhas e não te deixar partir. Deixei brincares comigo fingindo que nada acontecia – tanto pra mim quanto pra outros. Queria-te preso naquela sala, naquele sofá, durante dias, uma vida, cuidando do meu dedo machucado, tomando uma cerveja e rindo dos que àquele mundo não pertenciam. Mas te informo hoje que não existe outro mundo, caro amigo, existe somente o real e por ele já se sofreu muito para que exista outro, mesmo que diferente. Este o qual eu pertenço? É o mais perto que tenho para chegar perto de ti, poetinha, divagando pensamentos e vivendo lembranças perdidas. E ele existe somente por um dia, somente por hoje. Sustentado pela força que exerço na caneta que agora se transforma em palavras numa carta que nunca vai ser lida. Por isso, vossa excelência, anote isso em vermelho, não importa o quão feliz estás assumindo o trono do coração dela, eu te escutei quando eras um simples vendedor de peixe trocando comida por atenção. Não se sobrevive de amor e tenho que me encaminhar para a escola. Sou grata por teres me ensinado a amar desta maneira – colorida. Mas odeio-te cada dia que passa por não encontrar figurinha se quer parecida contigo no jogo de colação no meu álbum. Destino desta carta: a direção do vento que cantarolando músicas de amor a trará de volta para mim pensando no bem de todos...
Até mais,
Atenciosamente,