9 de setembro de 2011

Eram pilhas de livros em cima da mesa, a maioria não lido. Filósofos, poetas e apaixonados pela literatura que escreviam e diziam e sentiam mais do que escreviam. O grande problema era colocar nas palavras o que se passava na rodaviva chamada coração. Bendito dia em que se sai do seu próprio mundinho e começa a prestar atenção nos outros. Dói. Que mania, não? Tudo dói. 

Uma vez me perguntaram se eu já tinha amado e sabe-se que não é uma resposta fácil de se dar. Blablablinhas o que é o amor afinal? Ao meu ver, é quando a pessoa vira uma parte de ti. Ai, que clichê. Não. O momento que se perde ela, não é uma perda fácil. Ela não morreu, ela está ali todos os dias, vivendo, respirando, na sua rotina que não te inclui mais. É uma perna que te tiraram e o fato de mancares te faz lembrar diariamente o que te faz falta. São os trinta segundos passados do teu máximo de não poder respirar. É o vazio, cheio de lembranças...