25 de outubro de 2010

Acontece, amor, é que não sei lidar com o tempo. E de você sinto todos sentimentos. Depois de tanto amor, calor, veio a seca. Seca de palavras e lágrimas. Sinto muito, mesmo. Me estragaste, mas a culpa sou eu quem carrego.
Adeus,
“toda a minha saudade e meu amor de sempre”

18 de junho de 2010

Quando chegar a minha hora não falarei da morte, muito menos das atenções que não me foram dadas. Falarei da beleza dessa vida e o quanto ela me fez feliz.

10 de maio de 2010

Se sempre tive este pé atrás foi por medo de sentir demais. E toda vez que nos machucávamos, com palavras cada vez mais fortes e dedos na cara apontando o que fez ou deixou de fazer, foi por amor - foi por não saber como lidar com o amor. E talvez se estivermos tirando este pé atrás, talvez... talvez o caminho a seguir seja mais bonito. Mais colorido com flores, mas sabemos que até as flores precisam de uma chuvarada pra seguirem fortes. Hoje me atiro de cabeça, o que há dois anos atrás não tive coragem de fazer - não me preocupo, estás ao meu lado.

13 de abril de 2010

Nos vi lado a lado, mas quando percebi estávamos na direção contrária e o sinal era vermelho.

11 de abril de 2010

Se não te procuro é porque existe um muro crescendo entre minhas mãos
Existe a falta de um chão um vão perdão perdão perdão
Se não nos falamos mais é porque sou medrosa demais preguiçosa demais culpada demais
Se não nos vemos talvez seja porque pertencemos a outros mundos fundos imundos oriundos de outras eras
Se não cruzamos nossas esferas ou não entrelaçamos nossos sentidos nem por isso não partimos parimos as mesmas quimeras
Se nossos olhos já não focam as mesmas imagens nem por isso deixamos de amar as mesmas paisagens, países, viagens
Se não te procuro é porque criei um furo que esvazia a minha vontade.
Mas de que adianta fazer alarde se é tarde é tarde é tarde.”


Paula Taitelbaum

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“Te explica, Marina.”

Tanto falei esta frase. E mesmo assim não te compreendia. Teu olhar clássico, que nem dizia a tua vó “com nuvens nos olhos”. Tu me perguntas o que sinto e te digo que não sinto mais nada. Falas em futuro, em amor. Eu entendo confusão. Um deslize e um não. Te disse que eu sempre seria verdadeiro e enquanto estivesse longe te escreveria todos os dias e mandaria todo meu amor para ti. Aos poucos as cartas começaram a voltar e os telefones pararam de tocar. Agora temos essa greve de silêncio, de verdade. Entre frases com dedicatórias desconhecidas fica meu adeus, se vai meu coração.