23 de abril de 2008

M

Já diria a propaganda: "era uma vez uma boca que se apaixonou por uma orelha...". Mas desta vez foi diferente, não foi escutando nada, nem por comunicação vocálica. Foi um par de olhos que procurando não achar, acabou achando outros - transbordando alegria. Uma alegria vivaz de criança arteira. Aqueles olhos sempre tão curiosos continuaram procurando novas coisas a conhecer - acharam a boca. Sorriso contagiante, seguida de um risinho envergonhado e então lábios sérios. Seu rosto exalava histórias, segredos. Mas seus sentimentos, não! Estes ficavam escondidos. Por baixo daquele menino existia tanta vergonha disfarçada em risadas. A dona dos olhos que não fica muito pra trás em termos de curiosidade...
Ah! Eu fui descobrir...

5 de abril de 2008

revendo assim rapidamente
nossa história inacabada
fica um mal-estar
uma coisa meio deprimente
parece que nada aconteceu
de importante
e no entanto foi bom pra nós dois
e antes do depois teve muito durante


MEDEIROS; Martha