12 de dezembro de 2011

Não sei bem o que sinto ao pensar nesse menino que me tira o sono bem quando tenho que acordar cedo. Que me dizem pra não transparecer mas eu não consigo, senão eu explodo feito balão com ar demais, só que comigo é sentimento. Sentimento esse que eu não sei explicar, que não sei nem se me faz bem ou se faz delirar. Sentimento esse que é "tipo a cor do olho dele: não é algo definido, mas é bonito. Não é isso que importa?"

8 de novembro de 2011

"Minhas Várias Faces do Amor"

vai ser o nome do meu livro

9 de outubro de 2011

Eu nunca fui pessoa do tipo que olha pra todos os lados antes de atravessar, eu que atropelo os carros. Não me venham colocar medo no campo de batalha que não vai adiantar, vou continuar sendo eu... Vou continuar de coração cheio... Me machucando... E vivendo, sem me arrepender.

8 de outubro de 2011

Eu possuo esse defeito terrível de pensar
essa vontade de saber o que vem a frente
e queimar a linha de largada.
De querer machucar 
antes de ser machucada 
de estragar tudo antes de
dar chance para tudo acontecer.
Como sempre não sei lidar. Me vendo fácil, admito. Me entrego aos olhares, analiso movimentos, cuido. Me pego adorando desconhecidos, fazendo planos. Achando coisas e não tendo certeza de nada. Me vendo fácil a convites, um filme, uma cerveja, uma mão distraída segurando a minha. Me vendo fácil a momentos como os nossos que no dia seguinte não sei se foram somente imaginários. Me vendo fácil a vontades e depois fico aqui roendo as unhas procurando no dicionário as explicações dos meus porquês.
E não é que por ti eu sinta algo que aqueça meu corpo, talvez seja exatamente o contrário - a vontade é te pegar pela mão e mostrar as cores por aí, conhecer sabores, desvendar o amor que está reservado somente para nós...
porque são nos sonhos que enxergamos as verdades. são pequenas brechas e dicas que te fazem entender e perceber o quanto a sua mente é deslocada da realidade e o quanto de anestésico vai ser preciso para engolir o cotidiano e a rotina que machucam suas facas com nossas costas.

9 de setembro de 2011

Eram pilhas de livros em cima da mesa, a maioria não lido. Filósofos, poetas e apaixonados pela literatura que escreviam e diziam e sentiam mais do que escreviam. O grande problema era colocar nas palavras o que se passava na rodaviva chamada coração. Bendito dia em que se sai do seu próprio mundinho e começa a prestar atenção nos outros. Dói. Que mania, não? Tudo dói. 

Uma vez me perguntaram se eu já tinha amado e sabe-se que não é uma resposta fácil de se dar. Blablablinhas o que é o amor afinal? Ao meu ver, é quando a pessoa vira uma parte de ti. Ai, que clichê. Não. O momento que se perde ela, não é uma perda fácil. Ela não morreu, ela está ali todos os dias, vivendo, respirando, na sua rotina que não te inclui mais. É uma perna que te tiraram e o fato de mancares te faz lembrar diariamente o que te faz falta. São os trinta segundos passados do teu máximo de não poder respirar. É o vazio, cheio de lembranças...

23 de julho de 2011

Até onde a introspecção é positiva e necessária? Me encontro imersa em um lodo que entra nos meus poros e impossibilita minha respiração. Prendo-a. Até onde? 



"Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio."

27 de junho de 2011

"Tenho pena de tudo quanto lida 
Neste mundo, de tudo quanto sente, 
Daquele a quem mentiram, de quem mente, 
Dos que andam pés descalços pela vida, 

Da rocha altiva, sobre o monte erguida, 
Olhando os céus ignotos frente a frente, 
Dos que não são iguais à outra gente, 
E dos que se ensangüentam na subida! 

Tenho pena de mim... pena de ti... 
De não beijar o riso duma estrela... 
Pena dessa má hora em que nasci... 

De não ter asas para ir ver o céu... 
De não ser Esta... a Outra... e mais Aquela... 
De ter vivido e não ter sido Eu... 
"
Eu me tinha como a pessoa mais simples do mundo. Mas assim como todos quando se olham em um espelho e enxergam uma imagem distorcida da própria - é a conclusão que eu chego: eu não me conheço. Me surpreendo a cada decisão que eu tomo, cada passo errado que dou e vivo me dizendo: chega chega chega! Não sei o que quero da vida, não sei quem quero, não sei não sei não sei. Afasto pessoas que gosto, não gosto quando pessoas se afastam e quanto a isso, mais uma vez, eu não sei o que fazer. Tenho a verdade na palma da mão e amores nas pontas dos dedos, e observo com a minha pipoca o efeito apocalíptico de que eles escorrem e se esvaem. Sei do tamanho dos meus sentimentos, sei do espinho que me machuca e igualmente não tenho certeza. Pareço criança pequena às vezes. Amo todos os meus problemas e os odeio com todo o meu âmago. Eu não sou a pessoa mais simples do mundo, eu sou humana.

25 de abril de 2011

Resolvemos colocar um ponto final na nossa história. Que apesar de curta e de poucas palavras, dizia muito. Nosso olhar era terno e nossas risadas gritavam o quanto éramos bons juntos. Apesar disso, nossa trajetória nunca envolveu somente nós, existiam também a mentira, o engano, a ingenuidade e a culpa. Nossa história acabou, mas permaneceu a essência. E o silêncio.

13 de abril de 2011

110410

simples como uma folha branca
e tão vazio quanto.

5 de abril de 2011

Caminho em direção nenhuma, em todas direções.
Caminho.
Engulo.
Engulo essa saliva seca que desce rasgando.
Rasgando o peito.
Rasgando a mente, a espinha.
Fruto da descompreensão que me agita, que me leva a destruição.
Tantos sorrisos, boca avermelhada, olhos pintados.
A dor reflete em mim, vem a doença.
Abracei o mundo e dói admitir que não tenho mais forças para carregá-lo.
Estou perdida e ninguém pode me achar.
Estou perdida de mim e ninguém pode saber.

24 de fevereiro de 2011

2301


Acordei e o sol estava aparecendo. As cores eram da parte fria da caixa de lápis de cor. Tons azuis e alguns pingos de chuva. Abri os olhos, te vi. Tão sereno e tão certo de si mesmo, de mim mesma, de nós que já não éramos os mesmos. E eu daquele meu jeito, um turbilhão de pensamentos e sentimentos. 
Acho que transmiti alguma energia, pois não demorou muito para tu acordares também. Abriste um sorriso como sempre e já veio se enroscando pra cima de mim. Tu querias ficar ali, mas o meu tempo de descanso já tinha acabado. Na loucura do meu carnaval não tem espaço pra cadeira de praia. 
Devia ter suspeitado algo. Quando sinto, escrevo. E faz tempo que o poço secou…