23 de dezembro de 2012

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

"A grande desgraça é que as lembranças não bastam para confortar os amantes. Nunca aplacam. Ao contrário: servem só para espicaçar as chagas daqueles que foram condenados à lepra do amor não correspondido."

Esse momento afastado da nossa rotina sempre nos deixa pensando nas coisas dormidas dentro das nossas cabeças. Porque mantemos esses sentimentos trancafiados até que eles resolvam se rebelar contra nós mesmas? As nossas certezas nos abandonam quando estamos mais propícias a se deixar levar pelo nosso lado sombra. 
Será de nós essa divisão do semblante entre luz e sombra? - quando na balança, antes equilibrada, pendemos para o lado que possivelmente nos traga piores consequências.


Quem me fez tão boa para o ruim?

21 de novembro de 2012

da sessão 'coisas que eu não entendo'

como pode oscilar tanto o jeito que nos sentimos perante as coisas? porque somos tão insaciáveis criaturas? eu sinto esse desconforto ao ficar sozinha e ao mesmo tempo não suporto quando tenho companhia. estou fazendo tudo conforme o livro manda, mas será que é isso que me deixa inquieta assim? essa vontade de autodestruição tão melancólica e fictícia. essa coisa de querer mostrar aos outros a infelicidade, é tão bonito assim ser triste? 

apaga a luz e fecha a porta na hora de sair, por favor?

20 de novembro de 2012

Eu quero ficar sozinha.

3 de novembro de 2012

O problema todo começa quando não nos decepcionamos mais com o que vemos na volta. A gente olha, olha, respira e pensa que não podemos fazer nada pra mudar e ponto. O pior do todo é eu fazer o mesmo...

9 de outubro de 2012

Eu gosto de tempos de chuvas - às vezes falo baixinho pras pessoas não escutarem e não me chamarem de louca. Que loucura boa, essa minha, eu penso. Dias que parecem mais silenciosos e mais calmos. Cores e temperaturas amenas. Detalhes. Gosto de olhar a chuva pela janela, de fazer corrida entre os pingos que deslizam no vidro. Parece que nesse mau tempo meu coração se identifica, e se aqueta.

5 de outubro de 2012

2:23 am

Nós somos criaturas misteriosas, não somos? Ao mesmo tempo que amamos com todo o nosso coração e alma, ainda sobra um tempo para nos incomodarmos. Gastamos nosso tempo e nossos momentos com caras feias e no fim do dia nos deparamos com uma angustia dentro do peito de quem poderia fazer mais. Não sei, não sei como dizer não para minhas caras feias e amenizar esse aperto no peito que faz algumas lágrimas decolarem. Fazemos nossos máximos e colocamos isso na nossa cabeça para que ao entardecer possamos descansar os ombros em uma cama com travesseiros macios, mas isso não é bem verdade, é? Nós podemos fazer muito mais. Mas porquê? Por que não engolir tudo isso? 

Te vejo deitado enquanto minha cabeça gira e gira, e passa por memórias nostálgicas mas que páro e penso que não trocaria nada do que tenho por outra época. Tenho sempre essa estranha mania de manter o coração desassossegado e tentar achar uma fresta que entre algum risco de luz nessas rachaduras nas paredes, mas a grande verdade é que eu gosto do escuro. Gosto do nosso toque de olhos fechados e da minha boca ao encostar na tua. 

Eu peço desculpa por ser essa inconstância toda, por não saber lidar, por ser tão indecisa. Eu tenho esse medo tão grande de passar uma vida em branco, de construir todo o meu castelo em cima de um monte de areia fofa e que o vento vai carregá-lo daqui. 

Tá vendo aquelas estrelas? São as mesmas que eu vejo. Fica aqui do meu lado, não me abandona.

28 de agosto de 2012

todos planos têm um primeiro passo


  1. Sabe, acho que preciso cuidar mais de mim. E digo isso não de uma forma egoísta, como pensar mais em mim. Mas acontece que convivo 24 horas do dia e há 20 primaveras. Cansa, às vezes. Me incomoda o fato de não poder reclamar, porque simplesmente não tenho motivos teóricos pra reclamar. Somente os que vivem dentro em mim. Por isso, voltei pra cá. E preciso voltar a fotografar e congelar momentos que fazem surgir um risinho no canto da minha boca quando as olho impressas, amo acabar com a expectativa de ir buscá-las no laboratório. De ter uma fotografia da minha mãe sentada a mesa de um café na beira da praia - é uma forma bonita de pensar nela, quando longe. Meu quarto é pequeno e repleto desses momentos. Acho que se não fosse preso ao prédio, ele sairia voando de tantos pensamentos e momentos leves que existem dentro dele, sendo carregados por essas fotografias. 

30 de julho de 2012

ninguém sabe, mas eu durmo do teu lado da cama quando não estás aqui.
Às vezes acho que a minha expectativa é alta demais. Mas daí, paro e te olho. Como meu amor é correspondido com o teu toque e o teu olhar. Me sinto calma. Bomba antes de explodir. Vivo no alto de uma montanha russa com o frio na barriga que antecede a caída principal. E ao mesmo tempo me passas segurança de um sentimento desconhecido, sem nome, mas que é bom e bonito. Acho que são assim que as coisas devem acontecer, comodidade jamais. Não é ser pessimista ou otimista - copo meio cheio ou meio vazio - é cuidar do que é seu, e cuidar bem. 

4 de junho de 2012


E quando me olhas,

me passas aquela calmaria

de maré pós chuvarada,

mar cheio,


coração.

22 de março de 2012

Sou carente desse jeito inconsequente 
Viro a esquina e nem mais o sinto
Pois sou tomada por essa coisa fervulhante
Que sobe dos pés até o coração
Chega na mente dizendo não
Hoje é fim, hoje não há
Desliga a luz
E fecha a porta
São nos meus sonhos que escolhi morar