15 de outubro de 2008

Quando somos jovens, a nossa única certeza é de que quando acabarem as férias, nosso ano letivo na escola começará - e como é um pesar pensar nisso. Bom, encontro-me no meu último ano e sei que depois de festejar muito na minha formatura, terei minha última responsabilidade para iniciar todas as outras. Vejo que esse tempo que passa tão rápido para acabar e o que demora a começar, é o mesmo, no entanto muito diferentes. Em meio de tantas coisas na cabeça, continuo a trancar no que mais me corrói, aquele que eu digo "quem?", mas que a imagem não precisa legenda. Somos nós, ali, sorrindo. Já diria Martha Medeiros que o ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal a cor do amor, pois não há sentimentos tão próximos como esses, os que eu sinto por esta saudade que de tão salgada, suga todo meu líquido deixando-me com aspecto de seca ao olhar-me no espelho. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada. Nada - no que estás pensando? - nada. Nada? Não paro nunca de pensar. Porém, se eu contar até meus pensamentos, por mais terroristas que eles sejam, o que sobra para mim de mim?

Um comentário:

Lawrence disse...

os conceitos misturados às sensações trazem um quê de racionalização de algo pouco palpável.
o jogo de cores, muito bem construído, passa bem, e mediante uma idéia, o que somente sentes, não pensas.
isso porque às vezes nosso sentir se bloqueia.
e tentamos pensar pra, de alguma forma, sentir por pensamento.
mesmo que o pensamento não exista
porque o que pensamos não existe
e tudo é um querer dizer qualquer coisa
pra que alguma coisa exista
seja
como sabemos, tal cor de água, que é.