27 de março de 2008

Quem paga mais?

Julgo o mundo e não tenho medições para palavras. Vocabulário não é meu forte, deixo no pouco que sei a in-tensão das idéias, votando para uma sociedade que não tem medo de ir atrás da sua liberdade com pedras nas mãos - anos 80 e Strawberry Fields Forever. De onde eu observo tudo, cada coisa tem seu ritmo - o caminhar, a risada. Nasci em um corpo rodeado por avanços tecnológicos e retrocessão mental - boca calada ganha dinheiro, numa sociedade que visa o medo e cada vez mais o distanciamente do próximo. Carrego palavras escritas em minha pele, música na cabeça, poesia no pensar. Não tenho vergonha de ser curiosa, quem disse primeiro que era defeito? Tirem-me tudo, mas não me tirem o orgulho.
Quem compraria? Será que um brechó?

15 de março de 2008

Descia a rua como sempre fazia, rua de areia - barulhenta. Descia a rua, como sempre fazia olhando pros pés - desviando buracos. Descia, a rua como sempre fazia sozinha - com a música. O que fez eu desviar o olhar, não lembro. Vi teu nome escrito na parede em vermelho e o meu ao lado, invisível. Tropecei numa pedra.
E ri da vida.