20 de outubro de 2007

MET ADE

A meio passo de seu destino quase que final visualiza ele que fez parte de metade de seu passado. Ele que dormia na outra metade da cama, que comia a metade do pão e deixava a xícara de café sempre metade vazia. Dono do meio abraço que recebia todas as manhãs, do meio beijo rápido quase saindo atrasado. Ele estava ali, no meio da rua vindo em direção a ela - que havia se acostumado a se sentir como uma metade do quebra-cabeça, sem encaixe. Aquela confusão de sentimentos, fusão de metades de pensamentos com metades de lembranças. No céu meia lua numa quase-noite que deixava a visão meio difusa, enxergando quase tudo ou quase nada. O homem que quase a enlouquecia com suas meias palavras, quase sem importância. O quase-sorriso repleto de quase-felicidades. Nada disso a importava, um meio olhar quase brilhante tornava de sua metade, uma metade completa e por si, e só...

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