27 de junho de 2011

Eu me tinha como a pessoa mais simples do mundo. Mas assim como todos quando se olham em um espelho e enxergam uma imagem distorcida da própria - é a conclusão que eu chego: eu não me conheço. Me surpreendo a cada decisão que eu tomo, cada passo errado que dou e vivo me dizendo: chega chega chega! Não sei o que quero da vida, não sei quem quero, não sei não sei não sei. Afasto pessoas que gosto, não gosto quando pessoas se afastam e quanto a isso, mais uma vez, eu não sei o que fazer. Tenho a verdade na palma da mão e amores nas pontas dos dedos, e observo com a minha pipoca o efeito apocalíptico de que eles escorrem e se esvaem. Sei do tamanho dos meus sentimentos, sei do espinho que me machuca e igualmente não tenho certeza. Pareço criança pequena às vezes. Amo todos os meus problemas e os odeio com todo o meu âmago. Eu não sou a pessoa mais simples do mundo, eu sou humana.

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