11 de abril de 2010

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“Te explica, Marina.”

Tanto falei esta frase. E mesmo assim não te compreendia. Teu olhar clássico, que nem dizia a tua vó “com nuvens nos olhos”. Tu me perguntas o que sinto e te digo que não sinto mais nada. Falas em futuro, em amor. Eu entendo confusão. Um deslize e um não. Te disse que eu sempre seria verdadeiro e enquanto estivesse longe te escreveria todos os dias e mandaria todo meu amor para ti. Aos poucos as cartas começaram a voltar e os telefones pararam de tocar. Agora temos essa greve de silêncio, de verdade. Entre frases com dedicatórias desconhecidas fica meu adeus, se vai meu coração. 

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