5 de julho de 2009

Protesto

Protesto contra as ruas irregulares e buracos em lugares indevidos que nos fazem andar olhando para o chão. Cansei, digo, optei por tropeçar mais para rir e tentar olhar nos olhos dos que passam por mim. Deixamos, todos os dias, de ver o que há por cima dos prédios, o nosso céu azul que sabemos que existe mas que nem sempre lembramos da beleza. Esquecemos das cores que ele consegue misturar, feito criança e tinta guache, que se colocadas em um quadro diriam ser "irreais". Protesto contra o frio que congela muito mais do que nossas mãos, protesto contra o preto dos casacos pesados e o cinza das armaduras que aprendemos a usar para não nos machucar. Virei a página, quero vida. Quero um liquidificador para minhas idéias e o teu ouvido para escutá-las. Uma livro em branco, uma caixinha de lembraças nova. E o único escuro que quero ter é o do debaixo do cobertor junto a ti.

3 comentários:

Anônimo disse...

Adoro te ver assim, com vontade de viver. Queria andar mais do teu lado e cair pelas calçadas de mão contigo.
Te ajudo a montar a nova caixinha de lembranças se tu me deixar continuar dentro dela. :)
Te amo muito!

VAL disse...

Eu "protesto contra o frio que congela muito mais do que nossas mãos" também..

E eu voltei a usar isso aqui ;)

Chris disse...

Eu protesto contra o desrespeito às pessoas, o não ter o que comer, à falta de educação e a ignorância. Que bom se todos pudessem ser tratados como pessoas...